Brasil cairá de 6º maior país do mundo em população para 11º em 2100

A população do Brasil, hoje a sexta mais numerosa do mundo, vai encolher até 2100 e será a 11ª maior do planeta.

Cinco países da África (Nigéria, Etiópia, República Democrática do Congo, Egito e Tanzânia) vão ultrapassar o Brasil em número de habitantes, de acordo com projeções da ONU publicadas em um estudo chamado “O Panorama da População Mundial em 2019: Destaques”.

O número de brasileiros sairá de 212,5 milhões, em 2020, para 113 milhões em 2100. É uma diminuição de 46% Entre os dez maiores do mundo em 2020, só um país, Bangladesh, vai diminuir mais do que o Brasil.

Multidão em Lagos, na Nigéria, durante protestos contra a retirada de subsídios para combustível em 2016/Foto: Akintunde Akinleye

Outros grandes países também vão perder gente. O Japão deverá encolher de mais de 126 milhões para cerca de 57, uma diminuição de 55%.

Mesmo os dois maiores do mundo, a China e a Índia, terão menos habitantes em 2100 do que têm hoje.

Número de migrantes no Brasil é o maior desde a década de 1950

A projeção da ONU aponta que os cinco anos entre 2015 e 2020 serão os de maior fluxo de imigrantes desde a década de 1950.

O saldo líquido –ou seja, a diferença entre o número de estrangeiros que vêm ao país menos a quantidade de brasileiros que saem– será de 106 mil pessoas.

A série começa em 1950, e, nos primeiros cinco anos daquela década, essa entrada líquida havia sido de quase 300 mil.

O país quase não recebeu imigrantes nos anos 1960, 1970, 1980, 1990 e 2000.

Ainda que o fluxo em direção ao país tenha aumentado, ainda é muito pequeno se comparado a países ricos –os EUA deverão receber quase 5 milhões de pessoas entre 2015 e 2020, a Alemanha, cerca de 3 milhões.

No total, cerca de 14 milhões vão sair de países menos desenvolvidos com destino a lugares mais ricos nesse período, de acordo com a ONU.

Fertilidade brasileira é a segunda mais baixa da região

A taxa de fertilidade brasileira entre 2015 e 2020 é de 1,74. É a segunda mais baixa da América do Sul, atrás apenas do Chile (1,65).

É uma taxa próxima à do Reino Unido, de 1,75. O Brasil está abaixo de outros países latino-americanos, como o México (2,14) e Argentina (2,27).

Para que uma população não diminua, o nível de fecundidade deve ser de 2,1.

A taxa global é de 2,47.

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