18 de abril de 2024

Mailza: a força e o valor da mulher acreana no Senado pode disputar reeleição

O dia da minoria

Se fosse um teste de admissão e que carecesse de mostrar aptidão no primeiro dia de trabalho, a estreia do deputado estadual Luis Thcê (PDT) na condição de líder do Governo Gladson Cameli na Assembleia Legislativa, na sessão desta terça-feira (07) não teria passado no teste. Num dia em que até deputados aliados como Antônia Sales (MDB), Neném Almeida (Solidariedade), Marcus Cavalcante (PTB) e Cadmiel Bonfim (PSDB), todos aliados da bancada governista, subiram à tribuna para tirar casquinhas contra o Governo, o novo líder preferiu o silêncio. Não foi à tribuna contestar àqueles a quem deve liderar e tampouco enfrentou a oposição, que, de fato, teve seu dia histórico na Assembleia. Foi o dia em que a minoria ditou as regras.

Quem são¿ O que querem¿

Quem conhece um pouco de política e do comportamento do deputado Luis Thcê, sabe que ele não deixará isso barato. Se não foi à tribuna, preferindo o silêncio, é porque está maquinando alguma estratégia para dar o bote na hora certa. Prova disso é que, antes de ir para a sessão, como na época em que cristão se entregavam aos leões, ele esteve com o ex-líder Gerlen Diniz (Progressistas). Almoçaram a sós, numa churrascaria da cidade e o cardápio, claro, foi à base de política. Alguém disse que Tchê quis saber do antigo líder quem era quem na bancada governista, o que quer e como agem.

Reviravolta de Tchê

Isso mostra então que Thcê, como novo líder, vai atuar nos bastidores, atacando no varejo, atendendo os reclames do deputado isoladamente. Isso significa que, se tiver apoio de seu chefe, no caso o governador Gladson Cameli, reverterá o quadro adverso já nas próximas sessões, quando a bancada governista deverá tocar o mesmo piano. Para isso, está prevista uma reunião para esta quinta-feira (09) com os membros da bancada governista. A reunião deverá ser em local secreto e reservada. É de lá que deve vir a reviravolta de Thcê como líder.

Osso duro

O comportamento do deputado Daniel Zen (PT) na sessão desta terça-feira (07) em relação a um anúncio do governador Gladson Cameli de que seu vice Wherles Rocha poderia ser, se quisesse, seu candidato a prefeito da Capital no ano que vem, revelou o que há muito se sabe – Rocha é forte politicamente em Rio Branco. Aliás, foi na Capital onde ele obteve suas maiores votações, para deputado estadual e federal e repetiu isso com a eleição da irmã, a deputada federal Mara Rocha, muito bem votada em Rio Branco também.

Zen, ao falar sobre o assunto com a sensação de quem foi mordido por um cão raivoso, revelou mais que o óbvio: o PT e os demais partidos de esquerda, que sonham voltar ao poder no Estado em 2022 e para isso contam com a permanência de Socorro Neri na Prefeitura ou um outro candidato deles em 2020, sabem que o nome de Rocha seria um osso duro de roer na disputa, mesmo para um cão raivoso.

Expectativa de poder

O que pouca gente lembrou é que, caso queira de fato apoiar seu vice para prefeito, o governador Gladson Cameli esbarraria na lei das ilegibilidades. Ou seja, para ser candidato a prefeito ele teria que renunciar ao cargo de vice-governador para poder disputar a Prefeitura. Há, no entanto, quem divirja disso. Quem discorda diz que a lei, para o cargo de vice, é diversa de quem é titular do cargo no Executivo. Como o vice teria apenas a expectativa de poder e não encarnaria o poder em si, poderia, então, ser candidato – desde que não substituísse o titular em suas ausências – e em, caso de derrota, até voltar ao cargo anterior.

É de se ver o que vai acontecer.

Simpatia em pessoa  

O fato é que, se quiser mesmo fazer uma gracinha com os tucanos, apoiando um candidato a prefeito do PSDB na Capital, não será por falta de opção que o governador Gladson Cameli deixará de fazê-lo. Em caso de impedimento legal de Wherles Rocha por ser vice-governador, o nome da vez seria o de Mara Rocha, a deputada federal mais votada na última eleição e sua irmã. E se Rocha tem muitos votos na Capital, imagine a irmã dele, que é um doce de pessoa e a simpatia ambulante, enquanto Rocha ainda segue o script do militar a caminho do combate.

Gasolina comanda a vida

O litro da gasolina mais cara do Brasil – e por certo do mundo – é vendido no Acre, mais precisamente em Jordão, município a 395 quilômetros de Rio Branco, por onde só se chega de avião ou de barco. O litro da gasolina é vendido por lá a R$ 7,00. O município tem pouco mais de 8 mil habitantes e poucos carros, mas o consumo de gasolina por lá é alto porque muita gente se desloca  através dos rios, com o uso de barcos a motor, a maioria  à gasolina. Ali, por isso mesmo, não é o rio que comanda a vida, como nos ensinou Leandro Tocantins. É a gasolina.  O velho historiador acreano, autor dos livros mais atuais – embora antigos – sobre a História do Acre, criado por aquelas bandas, em cujas margens de rios escreveu também “Os Olhos Inocentes”, há de se remexer no tumulo. “

Marina está viva, sim

Para uns, ela havia morrido. Para outros, simplesmente sumido. Nem uma coisa nem outra, felizmente. Para a verdade, é que o Acre de fato ficou pequeno para ela. Mas, ainda que sumida, ela vai dar o ar de sua graça, ainda que fora do Acre, nesta quarta-feira (08), em São Paulo, onde vive atualmente.  A ex-senadora Marina Silva participa da 1ª reunião de ex-ministros de Estado do Meio Ambiente do Brasil que será realizada partir das 10h (de quarta-feira, 08), no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, na capital paulista. Além de Marina, confirmaram presença José Carlos Carvalho, Edson Duarte, José Goldemberg, Carlos Minc, Rubens Ricupero, José Sarney Filho e Izabella Teixeira. Eles avaliarão o atual contexto da política ambiental brasileira e divulgarão um posicionamento acerca dos projetos do governo Jair Bolsonaro. Após a reunião, os ex-ministros concederão entrevista coletiva.

Eleição no Sinteac, uma prévia

Saiu uma prévia do que deve ser a próxima eleição municipal em Tarauacá, município a 380 quilômetros de Rio Branco. Acaba de sair o resultado da eleição para a renovação da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) local, uma entidade que já tem quase 30 anos de existência. O professor Lauro Benigno foi reeleito para o cargo com expressiva votação de 380 votos contra apenas 160 da sua concorrente, professora Marleide Martins. O resultado foi o seguinte: Compareceram 548 sócios; Lauro Benigno obteve 380 votos – 69,34. %; Marleide Martins obteve 160 votos – 29,20%, e Bancos e nulos somaram 8 votos – 1,6%.

Ou seja, isso pode ser uma prévia do que deve ser a eleição municipal por ali no ano que vem.

O bom padrasto

O bad boy Cesário Braga, que preside o PT após a derrota de 2018, emitiu nota nesta terça-feira (08) posicionando-se contra a proposta de Glsdson Cameli, o governador do Estado, que quer criar um plano de demissão voluntária do serviço público estadual. O rapaz aproveitou o movimento dos agentes penitenciários, ocorrido na terça-feira (08), no centro da cidade, para misturar umas coisa com outra. Disse que, enquanto Gladson Cameli pensa em demitir, os agentes querem contratação.  Seu posicionamento continua a emitir a mensagem de que o PT continua achando que o Estado e o governo são dois bons padrastos ou pais mesmo de quem vive às custas da viúva.

Sangue, o líquido d avidar

Uma informação preocupante: quem quer qualidade de sangue a ser doado a seus amigos ou familiares a precisar do líquido da vida internados em hospitais de Cruzeiro do Sul, tem que viajar de Rio Branco para lá, para fazer a doação. Ou conseguir sangue de boa qualidade em Rio Branco. Consta que o hemocúcleo da cidade, que recolhe o sangue doado, já praticamente não aceita o sangue doado de pessoas locais porque o produto não tem qualidade. Ou o doador (a) teve malária, às vezes várias, ou outras doenças, inclusive sexualmente transmissível, e a doação não serve para nada. Um dado preocupante que deveria mobilizar as autoridades da área.

Mulheres, as mulheres…

Ao longo de um século e meio, do reinado de dom Pedro I ao governo do general Ernesto Geisel, apenas políticos homens entraram no Senado. Isso mudou há 40 anos, quando a primeira senadora do Brasil tomou posse. A mulher que rompeu com a exclusividade masculina na Câmara Alta foi Eunice Michiles (pronuncia-se Miquiles), uma ex-professora de grupo escolar e ex-deputada estadual saída do Amazonas, de Manaus. A histórica posse ocorreu em 31 de maio de 1979, no início do governo do general João Figueiredo. Documentos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, mostram que os parlamentares receberam a colega do sexo feminino com deferência e empolgação. Na cerimônia de posse, a novata foi presenteada com flor, chocolate e poesia.

Mulheres, se elas não existissem este mundo seria só chatice… Seria muito bem pior que é…

Mailza, a senadora

É claro que o Acre teve suas expoentes no Senado: Laélia Alcântara, Iris Célia Cabanelas Zanini e, titular absoluta da admiração dos brasileiros, Marina Silva. Mas foi Eunice Michiles que abriu caminho para a presença feminina no Senado que hoje, em relação ao Acre, tem a graça e a competência da senador Mailza Gomes (PP), a primeira suplente de Gladson Cameli que assumiu em face de sua eleição para o governo do Estado.

Aliás, por sua condição de suplente, e de um pequeno município como Senador Guiomard, muita gente achava que ela seria só uma passante no Senado, Quebrou a cara quem apostou nisso.

Mailza Gomes é uma senadora atuante e, em querendo disputar a reeleição, já criou os próprios meios ao dizer a que veio.

Uma senadora e tanto.

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