Adoção: um ato de amor que 52 acreanos estão prontos para compartilhar

“Sai de manhã para jogar o lixo e quando voltei tinham deixado ele dentro de casa”, conta Nair Jordão, mãe do João Vitor desde esse dia, há 19 anos. Ela não teve filhos biológicos e a chegada do bebê recém-nascido mudou sua história de vida. “Ele não tinha nem dois dias. Eu nem pensei. Fui ao Juizado da Infância, pedi a guarda provisória, e depois de todo o processo, um ano depois, saiu a guarda definitiva. E hoje, olha meu filho lindo.”, diz orgulhosa.

Nair Jordão adotou João Vitor com dois dias de nascido./Foto Cedida

Neste 25 de maio, Dia Nacional da Adoção, a reportagem do ContilNet apurou que, em Rio Branco, pelo menos 52 pessoas encontram-se habilitadas para adotar e que atualmente, cinco famílias estão em processo de adoção. Mas, diferente da história de Nair e João Vitor, são crianças cujos pais foram destituídos judicialmente de seu pátrio poder e, acolhidas no Educandário Santa Margarida, aguardaram a chegada de um novo lar. Outras sete, estão em fase de destituição. “É quando não há mais chance para a família.”, explicou o diretor da 2ª Vara da Infância, Antônio José de Brito.

Ele ressaltou que, a princípio, é realizado todo um trabalho de reinserção das crianças às suas famílias biológicas e que o processo de destituição transcorre num período de seis meses a um ano.  “São pais que estão com problemas com a Justiça. Nem todas as crianças que estão no Educandário estão aptas para adoção, mas quando não é possível o retorno da criança, há o processo de destituição do poder familiar que quando concluído torna a criança apta para ser adotada.”, explicou.

Das 35 crianças em medida de acolhimento institucional, abrigadas no Educandário Santa Margaria, apenas um menino com 10 anos de idade, está apto e à espera de adoção. “Chama-se adoção tardia. Nós não temos, hoje, nenhum casal com interesse em adotar uma criança com mais de 2 anos.”, informou Brito.

Para se habilitar para adoção, a pessoa interessada deve preencher um formulário disponível no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e também na Vara da Infância. “Depois, é preciso passar por uma orientação, comprovar ocupação e ter bons antecedentes criminais. Após a sentença de habilitação, a pessoa fica ordenada numa fila pública.”, concluiu o diretor.

 

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