25 de abril de 2024

Marcos Cavalcante é o 12º deputado a assinar CPI da energia a ser apresentada nesta terça

“Me preocupa a falsa expectativa que está sendo criada na cabeça da população, a ideia de que, com a CPI, o preço da energia vá baixar. Isso não vai acontecer”, disse o deputado estadual Marcus Cavalcante (PTB), momentos antes de anunciar que ele – assim como outros parlamentares – estava voltando atrás e repondo seu nome no requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Energia, a empresa de capital privado que adquiriu a empresa pública Eletroacre e que fornece energia aos acreanos.

O pedido de CPI, de autoria do deputado Jenilson leite (PC do B), será reapresentado na sessão desta terça-feira (16), com pelo menos 12 deputados apoiando a ideia – para que a CPI seja formada precisaria apenas de oito. Na semana passada, o número de apoiadores chegaram a 16 mas, posteriormente, alguns deputados, orientados pelo líder do Governo na Assembleia, deputado Gerlen Diniz (Progressistas), começaram a voltar atrás. A retirada chegou a nove deputados, o que inviabilizaria o pedido.

Deputado Marcus Cavalcante/Foto: Reprodução

A pressão popular, principalmente nas redes sociais, fizeram com que deputados renunciassem a renúncia nas assinaturas, como observou um crítico do parlamento. Os dois últimos deputados a chegarem a esta condição foram Cadimiel Bonfim (PSDB) e Marcus Cavalcante, ambos eleitos pelo município de Feijó, cuja população, através da Câmara de Vereadores, estava se mobilizando para pressionar seus parlamentares. A pressão deu certo e Marcos Cavalcante foi o último a voltar atrás.

As galerias devem ser tomadas na sessão de terça-feira por entidades dos movimentos populares. Apesar disso, não haverá sistema de segurança especial. “Não é nenhuma novidade que aconteça isso lá na Assembleia. Ali é a casa do povo”, disse o deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), aliado de Jenison Leite. Para ele, não deve haver novas surpresas e a CPI deve ser aprovada.

As manifestações como a de Marcos Cavalcante, que disse estar preocupado com a decepção da população em saber que a CPI não reduzirá as contas da energia, é coisa de quem é contra CPI mas não tem coragem de assumir. De acordo com o deputado, os diretores da empresa, mesmo sendo de capital privado, serão intimados à depor. “Impossível se fazer uma investigação dessas sem convocar os diretores”, disse Magalhães. “Vamos procurar saber sobre a compra da Eletroacre, por R$ 50 mil, e os motivos de a prestação de serviço ter ficado pior do que nos tempos da empresa pública. Todo consumidor diz que, depois da privatização, a prestação de serviço piorou”, disse.

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