20 de abril de 2024

Em artigo, Márcio Bittar diz que preservacionismo ambiental radical gera pobreza

Consideramos o preservacionismo ambiental radical ideologia nefasta, reacionária e sorrateira. Nefasta, pois, gera subdesenvolvimento, pobreza e inação econômica. É reacionária porque tenta impedir o progresso e a geração de riquezas. É sorrateira por estar calcada em falácias. Com discursos apocalípticos, ecologistas obtusos querem impor ao país o subdesenvolvimento em nome do fetiche da preservação pela preservação. A razão informa que é urgente a conciliação entre proteção do meio ambiente, crescimento econômico e geração de oportunidades para os brasileiros. A preservação racional dos recursos da natureza significa não excluir da equação a geração de riquezas para homens e mulheres.

Sabe-se que a ideologia verde foi refúgio de esquerdistas de todas as matizes desesperados com a dissolução do mundo soviético. Há um cipoal complexo de grupos anticapitalistas sustentando a irracionalidade e utilizando de todos os meios para gerar falsos consensos científicos. Enganam boa parte da grande imprensa brasileira, que é desinformada e está mergulhada no torpor da militância. Por meio de instituições ditas não governamentais e sustentadas por interesses estrangeiros e ocultos, vão criando ondas de discursos apocalípticos para barrar o progresso.

Márcio Bittar/Foto: Reprodução

O mais conhecido e refutado é o tal aquecimento global causado pelo homem. Outros existiram e já caíram no esquecimento ou mesmo no ridículo: preservação do Mico-leão-dourado, destruição da camada de ozônio, fim da biodiversidade, superpopulação, Amazônia pulmão do mundo, entre outras trapaças repetidas ad nauseam. Chegam a propagar que florestas geram chuvas, afrontando o conhecimento bem estabelecido do ciclo da água, conteúdo do ensino fundamental: evaporação dos oceanos, lagos, rios (por meio do calor do sol), condensação (nuvens) e precipitação (chuvas). Há florestas densas porque há chuvas abundantes.

Basta pesquisar um pouco para saber que o homem é capaz de alterar o clima local, mas, é um completo absurdo dizer que a produção industrial alteraria o clima global. Houve momentos em que a produção dos homens era diminuta e o mundo mais quente. Apesar do aumento de emissão de CO2, informam os cientistas, o mundo está passando por um resfriamento global. É bem estabelecido que os grandes reguladores do clima global são o sol, os oceanos e os vulcões. Nada disso pode sequer ser alcançado pela ação dos homens.

O discurso apocalíptico é feito para gerar emoções e não reflexões sérias. E é denunciado com veemência por cientistas imunes à ideologia verde. Em 2013, durante palestra na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o pesquisador alemão Ulrich Glasmacher, da Universidade de Heidelberg, vaticinou: “mudanças climáticas não são fenômenos novos na história. No passado, há 350 milhões de anos tivemos os mesmos problemas de hoje. Estamos no mesmo ponto daquela época”.

Há outras querelas verdes que precisam ser desmistificadas. Dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) mostram que 66,3% das terras brasileiras são destinadas à vegetação protegida e preservada, ou seja, unidades de conservação, terras indígenas, assentamentos rurais, quilombolas, áreas militares, áreas de preservação permanente nos imóveis rurais e terras devolutas. Dois terços do território nacional são dedicados à preservação e proteção do meio ambiente. Apenas 30,2% das terras brasileiras são de uso agropecuário: 8% de pastagens nativas, 13,2% de pastagens plantadas, 7,8% de lavouras e 1,2% de florestas plantadas. O restante, 3,5% do território nacional, é ocupado por cidades, infraestrutura e outros.

Os Estados Unidos, a nação mais rica do planeta, utilizam 74,3% do seu território para a agropecuária, 5,8% são ocupados por cidades e infraestrutura e 19,9% são dedicados à proteção e preservação da vegetação nativa. Enquanto os brasileiros usam menos de um terço do território em produção agropecuária, os Estados Unidos utilizam quase 75%. Eis uma das razões que o trabalhador americano é mais rico e próspero. O PIB per capta brasileiro é de menos de 10,000 dólares e o dos Estados Unidos de cerca de 59.000 dólares.

Não podemos assistir impassíveis a vitória da política, amplamente denunciada, Farms Here, Forests There de 2010, promovida pela National Farmers Union e pela organização não-governamental Avoided Deforestation Partners. Trabalhar a favor disso é cometer crime contra o Brasil e os brasileiros. Precisamos produzir mais e explorar com racionalidade nossos recursos naturais. Muitas regiões ainda necessitam ser dotadas de infraestrutura para crescer, gerar energia e escoar riquezas. É fato, hoje, que a burocracia e o conjunto de leis ambientais inflexíveis vigentes no país são entraves reais ao desenvolvimento e atendem a interesses estranhos aos interesses nacionais. Precisamos avançar e superar a irracionalidade verde.

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