20 de abril de 2024

Assembleia decide não decidir nada: nem nomes da CPI da Energisa, nem representação

Até a tarde desta terça-feira (23) eram absolutamente desconhecidos os nomes dos sete deputados estaduais que vão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na semana passada, para investigar as contas e a empresa de fornecimento de energia elétrica do estado, a Energisa. Também não foram indicados os nomes das outras CPIs da Casa que devem ser criadas no rastro da que vai investigar a Energisa.

O que prometia ser uma sessão movimentada em função do rescaldo pela aprovação da CPI, com a ameaça de um deputado (Fagner Calegário, do PV) de ser levado à Comissão de Ética e da queda do líder do Governo (Gerlen Diniz, Progressistas), os debates transcorreram normalmente – exceto pela presença na Casa de servidores da Empresa de Extensão Ruural e Assistência Técnica (Emater), que temem o desemprego caso se configure a extinção do órgão na segunda etapa da reforma administrativa a ser proposta pelo governo.

A sessão teve a presença dos funcionários da Emater/Foto: Juan Diaz

O prazo para montagem da CPI, com a indicação dos nomes dos parlamentares pelos blocos ou partidos que compõem a Assembleia, começou a contar nesta terça-feira. Além da CPI da Energisa, devem ser composta pelo menos outras cinco, cujos nomes também devem ser indicados. O presidente em exercício da Assembleia, deputado Jenilson Leite (PCdoB) – o presidente Nicolau Júnior é o governador em exercício com a ausência do governador Gladson Cameli e do vice Wherles Rocha – e proponente da CPI chegou anunciar que o regimento seria estritamente cumprido e que as CPIs devem ser montadas nesta terça-feira. Até as 15 horas, os deputados estavam reunidos e não havia definições dos nomes.

Acusado de ter cometido no mínimo uma indelicadeza contra os colegas, na semana passada, quando teria dito que aqueles parlamentares que estavam retirando seus nomes da CPI da Energisa o faziam à toque de propina, o deputado Fagner Calegário não deu as caras na sessão. Limitou-se enviar uma carta à mesa diretora da Assembleia afirmando não ter feito a acusação. O documento, por si só, deve satisfazer aos deputados que se sentiram ofendidos e a representação contra Calegário ao Conselho de Ética da Assembleia, que poderia lhe custar até o mandato, deve ser abortada.

A possível substituição do líder do governo na Casa, com saída de Gerlen Diniz e a entrada de Luis Tchê (PDT), se é que vai ocorrer, também foi adiada. A sessão de quarta-feira (24) promete.

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