19 de abril de 2024

Ameaçado por CPI, prefeito do interior do Acre enfrentará ação judicial movida pelo vice

Ponderações iniciais

Críticas a gestores públicos são aceitáveis, presumíveis e legítimas no ambiente democrático em que vivemos. Bem como a liberdade de imprensa segue resguardada pelas instituições jurídicas incumbidas da manutenção das prerrogativas individuais e coletivas.

Exceções à regra

Os excessos, quando eventualmente cometidos por jornalistas, veículos de comunicação e frequentadores das redes sociais, podem (e devem) ser revidados tanto por ações judiciais quanto pelo bom senso dos que àqueles conferem audiência.

Virulência gratuita

Digo isso a propósito dos ataques virulentos endereçados à prefeita de Rio Branco, Socorro Neri (PSB), por um site local, os quais, inclusive, descambaram, nesta quinta-feira (14), para a depreciação profissional da gestora, em cujo currículo constam não apenas as suas conquistas acadêmicas, como também se pode vislumbrar a experiência de décadas na prestação de relevantes serviços à educação no estado.

Gancho

O mote usado pela colega que assinou o artigo em forma de petardos foi o discurso da gestora durante a sessão realizada, ontem, pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), alusiva ao Dia Internacional da Mulher.

Mais embaixo no buraco

Bastou à prefeita se queixar dos críticos de Facebook, a parte deles atribuindo suposto viés machista, para que a autora do texto tratasse de desfiar um rosário de insultos contra ela, sob o principal argumento de que o alarido das redes sociais haveria de se justificar pelas condições das vias públicas da Capital.

Foro pessoal

A cada um cabe a liberdade de dizer ou escrever o que bem entende, seja para provar possuir a habilidade para analisar os fatos com precisão e clareza, seja para tão-somente sinalizar ao leitor mais perspicaz o ressentimento do qual possivelmente decorrem críticas ácidas e rasteiras.

Há que se ter bom senso

Explico: o problema não reside em apoiar a gritaria contra a buraqueira das ruas, mas fazer uso do assunto num amontoado de descomposturas. E sem nem mesmo se dar ao cuidado de colocar na balança as ações administrativas que resultaram na redução dos custos da máquina pública, o fato de a prefeita se mostrar sensível aos problemas estruturais da cidade e, principalmente, ignorar o anúncio de que os investimentos na recuperação das vias públicas saltará para mais de R$ 50 milhões este ano – contra os cerca de R$ 19 milhões investidos no setor em 2018.

Questão de ordem

Acresço que nunca conversei com Socorro Neri e tampouco a coluna recebe ou recebeu quaisquer subsídios da prefeitura da Capital – e de nenhuma outra do interior do Acre. Mas da mesma forma como sempre critiquei o antecessor Marcus Alexandre por ter aparelhado a máquina pública com a nomeação de correligionários e aliados, também me inclino a aplaudir a reforma administrativa realizada por Socorro Neri, que reduziu secretarias e tratou de desempregar os inúteis cujas despesas só se justificavam pelo apadrinhamento político.

Inferno astral

Com a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposto desvio de recursos públicos na prefeitura de Porto Acre, o prefeito Bené Damasceno (Pros) terá, muito em breve, mais uma razão para perder o sono.

Vias judiciais

Damasceno pode virar alvo de mandado de segurança a ser impetrado pelo advogado do vice-prefeito do município, José Augusto Aquino (PV).

Razão

Segundo José Augusto, a medida resulta da deliberação pessoal de Bené Damasceno em não lhe passar as atribuições do cargo sempre que o prefeito resolve se ausentar de Porto Acre.

Acefalia

E com as costumeiras viagens de Damasceno, a prefeitura fica sem comando, segundo o denunciante.

Lenha

A decisão de impetrar mandado de segurança vem à tona justamente em um momento delicado para o prefeito do Pros. Para quem tem a intenção de concorrer à reeleição, os dois reveses não apenas lhe trazem enorme desgaste pessoal quanto podem acarretar o seu afastamento do cargo.

Fora de cogitação

Em conversa nesta quinta-feira (14) com o agora vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, o senador Marcio Bittar (MDB) descartou, de forma categórica, qualquer intenção de disputar o governo em 2022.

Reformas imprescindíveis

Segundo me disse, Bittar está convicto de que nos próximos oito anos poderá ser muito mais útil ao Acre e ao Brasil concentrando-se nas atividades parlamentares do Senado, onde tem atuado para tornar a legislação penal mais rígida e trabalhado para ajudar a aprovação das reformas. “Sem as mudanças delas decorrentes, o Brasil vai quebrar”, afiançou.

É cada uma…

Por falar no senador, pouco antes de conversar com este colunista, ele foi entrevistado pelo jornalista Itaan Arruda, do Gazeta Entrevista. Ao final do programa, Arruda perguntou se Bittar, apoiador da flexibilização do porte de arma de fogo para o cidadão comum, não se sentia ‘culpado’ pelo massacre de Suzano.

Responda aí, companheiro!

Pelo viés ideológico que a questão nos permite vislumbrar, gostaria de saber do meu colega da TV Gazeta se ele, porventura, também não se sente corresponsável pela matança nas ditaduras comunistas – estimadas em cerca de 100 milhões de pessoas. Ah, e detalhe: os genocidas de esquerda, antes de promover suas carnificinas, também fizeram exitosas campanhas em favor do desarmamento.

Ponto

A coluna volta a dar crédito ao vereador rio-branquense João Marcos Luz (MDB), que na sessão desta quinta apresentou projeto que visa proibir a dupla atribuição dos motoristas de ônibus, que passaram, a partir da demissão dos cobradores, a assumir a função dos colegas.

Riscos iminentes

Se os argumentos usados por Luz são velhos, a realidade persiste em forma de ameaça de acidentes causados por quem precisa receber o valor da corrida  = e passar troco aos usuários – mesmo com o veículo em movimento.

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