24 de abril de 2024

Em Fórum, pesquisadora afirma que mais de um milhão de mortes violentas ocorreram em todo Brasil

Na noite desta terça-feira (20), foi realizado no auditório da Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO), o segundo dia do Fórum de Segurança Pública: um direito fundamental do cidadão, organizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). As temáticas debatidas envolveram assuntos sobre organizações criminosas e homicídios.

Durante a palestra, a pesquisadora em Criminalidade e Violência no Acre e Fronteiras, Jaqueline Sousa de Araújo, afirmou que, nos últimos 20 anos, foram registrados mais de um milhão de homicídios violentos em todo o território nacional.

Fórum de Segurança Pública/Foto: ContilNet

“A maioria das mortes foram dolosas, ou seja, quando há intenção de matar, além de latrocínios e crimes passionais”, destacou Araújo.

Discutindo sobre o atual papel da atuação da segurança pública, Jaqueline afirmou ainda: “Prendemos muito, mas punimos pouco. É chegada a hora de questionarmos a segurança pública sobre o que ela tem feito por nós, sobretudo, o que podemos fazer por ela”, complementou

Já o promotor de Justiça Bernardo Albano, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual, (MPE), ressaltou que o atual sistema criminal do Estado está falido e não consegue combater o crime.

“A gente não consegue ultrapassar essa crise sem envolver a comunidade. O nosso sistema criminal está absolutamente falido. Ele não é suficiente para o enfrentamento das organizações criminosas. Precisamos reforçar a polícia técnica.”, disse o procurador.

Bernardo explicou aos presentes os modos operantes das facções criminosas do Acre (PCC, CV e Bonde dos 13), especialmente a partir de 2015, período em que teve início os atentados contra prédios públicos e veículos do transporte público.

Albano lembrou a Operação Fim da Linha que prendeu 165 denunciados. Porém, lamentou o fato da fragilidade da justiça brasileira. Dos 165 presos, 12 desses já se encontram em liberdade.

“Nenhuma polícia no mundo pode ser eficaz se tiver que prender mais de quatro vezes a mesma pessoa em um ano”, salientou.

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