Farinha de Cruzeiro do Sul ganha exposição fotográfica no Sebrae em Rio Branco

As etapas, o modo de fazer, detalhes do preparo, os esforços e a união de pessoas em torno do processo de transformação de uma raiz em farinha, goma e tapioca, são a essência da exposição fotográfica “Farinha de Mandioca de Cruzeiro do Sul – o sabor da identidade acreana”. A mostra acontece até o dia 19 de outubro, das 8 às 17 horas, no hall do novo prédio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na capital acreana.

A realização é uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sebrae e Central de Cooperativas dos Produtores Familiares do Vale do Juruá. A exposição faz parte das estratégias de divulgação do selo de Indicação Geográfica da farinha de Cruzeiro do Sul, conquistado em 2017.

As fotos ficam em exposição até o dia 19 de outubro/Foto: divulgação

A região Norte é a maior consumidora per capita familiar de farinha de mandioca, com 23,5 quilos/ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse alimento é considerado importante fonte de nutrientes na alimentação dos acreanos, pois contribui na redução do consumo de comidas industrializadas.

Granulada, grossa, crocante, torrada e produzida artesanalmente por agricultores familiares da região do Juruá, no Acre, há mais de 100 anos. Essas características particulares garantiram à farinha de Cruzeiro do Sul ser o primeiro produto derivado da mandioca, no mundo, a conseguir o selo de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência.

De acordo com Murielly Nóbrega, analista do Sebrae Acre, o selo garante a origem, valoriza o produto no mercado e beneficia mais de duas mil famílias rurais. Para sua conquista, foram realizadas diversas pesquisas e ações entre os produtores rurais, Embrapa, Sebrae e governo do Estado.

As fotos foram tiradas entre 2016 e 2017/Foto: divulgação

Priscila Viudes, analista da Embrapa Acre, explica que as pesquisas sobre o processo de produção em casas de farinha da região duraram mais de 10 anos. “Além disso, o conhecimento tradicional e a valorização da história da farinha de Cruzeiro do Sul foram muito importante para conseguirmos a IG”.

Na exposição, mulheres e homens do Juruá são protagonistas na arte de trabalhar com uma planta e torná-la o elemento principal de diferentes pratos típicos de nosso país. A maioria das imagens são registros fotográficos que integram o Inventário Histórico e Cultural do Modo de Fazer a Farinha de Cruzeiro do Sul, da Fundação de Cultura Elias Mansour, feitos por Talita Oliveira. Há ainda fotos produzidas por Gleilson Miranda, do Governo do Acre, Fabiano Estanislau e Mauricília Silva, analistas da Embrapa Acre, entre os anos de 2016 e 2017.

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