19 de abril de 2024

Eleito, Gladson Cameli é alvo de assédio por parte dos que anseiam por um naco do poder

Fenomenal

Notícias que chegam do Juruá acenam com uma guinada na gestão do prefeito Ilderlei Cordeiro (Progressistas), que teve um começo de mandato deplorável. A fonte da coluna, que pediu para ter a identidade preservada, fez, porém, a seguinte ressalva: “Ilderlei é um fenômeno de impopularidade. Quanto mais ele mostra serviço, menos a população de Cruzeiro do Sul aprova a sua gestão”.

Termômetro

A desaprovação a Ilderlei, sucessor de Vagner Sales, com quem rompeu, tendo inclusive que deixar o MDB, pode ser aferida através da derrota do tio Rudilei Estrela (Progressistas), que disputou uma vaga na Câmara Federal.

Calculadora

O péssimo começo de Ilderlei no cargo ficou evidente com o decreto de número 2 assinado por ele, criando 611 cargos comissionados na prefeitura recém-assumida. Imagine o leitor que o município do Juruá possuía, em 2017, segundo o IBGE, pouco mais de 87 mil habitantes, contra mais de 383 mil de Rio Branco. Em termos percentuais, a população cruzeirense representava 22,7% do total de moradores da Capital.

Assombroso

Pois bem, com 77% a mais de habitantes, o poder executivo rio-branquense manteve, sob os governos de Raimundo Angelim e Marcus Alexandre, a exorbitância de 444 comissionados. De uma só canetada, Ilderlei, por sua vez, criou 28% a mais de cabides de emprego, em comparação com os adversários do PT.

Demissões

O inchaço da máquina pública em Cruzeiro levou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a agir, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, que fixa o teto de gastos com pessoal em 54% do total da arrecadação de tributos. Resultado: o prefeito agora promove demissão em massa para se adequar à legislação.

Ruma de gente

Quem teve a oportunidade de visitar a prefeitura nos primeiros meses de mandato do atual prefeito, esbarrava com uma ruma de pessoas pelos corredores e até mesmo na calçada. Eram tantos os nomeados que nem espaço havia para acomodá-los no prédio.

Não colou

Na tentativa de manter os apaniguados, Ilderlei chegou a aprovar, na Câmara de Vereadores, uma taxa extra pela coleta de lixo domiciliar. Deu xabu, claro. E em sua tentativa de colocar a culpa de todos os problemas sobre os ombros do antecessor, terminou por minar a paciência dos cruzeirenses.

Desinteligência

Enquanto o apadrinhado dizia do padrinho que este havia deixado um rombo milionário para ele saldar, Vagner Sales negava. E a pendenga só se agravava.

Cirúrgico

Mas, talvez, o fator a explicar a péssima avaliação da gestão do prefeito cruzeirense tenha sido explicada pelo ex-deputado João Correia (MDB), que numa postagem do Facebook, muitos meses atrás, alertou Ilderlei para os efeitos da ingratidão ante os olhos do público. É provável.

Suspeita

As denúncias de suposta farra na compra de gasolina para a Câmara de Vereadores de Cruzeiro do Sul levaram o presidente da Casa, vereador Romário Tavares (MDB), a ter que dar explicações ao Ministério Público.

Depressivo

Tendo um único veículo à disposição da presidência, a Câmara chegou a ter despesas superiores a R$ 11 mil com combustível em um único mês. Os gastos com pessoal do poder legislativo municipal também são objeto de denúncia dos adversários de Romário Tavares. Acuado, ele, segundo informação passada à coluna, caiu em depressão.

Consolo

A coluna apurou que a deputada estadual Eliane Sinhasique (MDB), que não conseguiu se reeleger, será contemplada com um cargo no primeiro escalão do futuro governo de Gladson Cameli (Progressistas). Quem nos confidenciou o acordo garantiu que ela será nomeada secretária de Esportes.

Meu pirão primeiro

A propósito desse assunto, candidatos eleitos e outros que nem sequer bateram na trave já fazem o cerco ao governador eleito. Todos querendo espaço na futura gestão. Pessoa próxima ao senador disse à coluna o que parece ter saído da boca do próprio Cameli: “Cargo é coisa para a qual a pessoa é convidada, e não para ficar se oferecendo”.

Critérios

O assédio ao governador eleito, que assume o cargo no dia 1º de janeiro, tem lhe tirado do sério. Com ou sem mandato, essa turma precisa entender que o staff de qualquer governo sério – conforme prometeu fazer Gladson nos próximos quatro anos – passa primeiro pela qualificação do postulante, mas depende também da confiança que lhe é dispensada.

Expectativa

Espera-se não apenas que o Sr. Gladson Cameli resista às investidas, baseando suas escolhas no que houver de melhor entre os aliados políticos e colaboradores de campanha, como cumpra a promessa de cortar grande parte do batalhão de favorecidos pela caneta do petista Tião Viana. A coluna manterá a coerência, e torce para que o governador eleito faça o mesmo.

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