Projeto do Sebrae potencializa as cadeias produtivas do Acre e traz exibição de produtos à Expoacre 2018

No espaço conhecido como “Fazendinha”, que tem chamado a atenção do público da edição 2018 da Expoacre, é possível testemunhar o resultado da parceria entre o Sebrae-AC e a Secretaria de Extensão Agro-florestal e Produção Familiar do Estado do Acre (Seaprof-AC).

Graças à união de forças, surgiu há três anos o projeto “Desenvolvimento Econômico Territorial Região Juruá/Tarauacá-Envira (DET)”, encerrado em 2017 e que dinamizou a economia local através da inovação nos pequenos negócios, tendo em foco que existem no Acre mais de 40 mil produtores rurais com atuações em diferentes ramos.

Murilo Matos e Laís Mappes na Expoacre 2018 (Foto: Reprodução)

“O projeto atua fortemente na piscicultura, mas também estamos trabalhando com farinha, feijão, biscoito de Cruzeiro do Sul e abacaxi. O nosso trabalho consistiu em localizar, em cada município, a vocação econômica de cada um para poder prosperá-la”, disse Laís Mappes, gestora de projetos.

Laís também explicou à equipe da ContilNet que também já foi iniciado um novo projeto chamado “Óleo da Amazônia”, que estimula o setor produtivo da região do Juruá. “O mais interessante desses produtos é que foram plantados em um cultivo de roça sustentável, que vai de encontro à sustentabilidade – justamente a proposta do Sebrae-AC na feira”, reforçou a gestora.

“Após a aproximação do Sebrae-AC, não adiantava ‘inventar a roda’, tínhamos que colocá-la para funcionar. Vamos ver onde temos falhas e vamos melhorar: gerenciamento, assistência técnica… Todas estas partes são essenciais para o sucesso de qualquer projeto. Por exemplo: já produzimos 25 variedades de feijão em Marechal Thaumaturgo, então é um sucesso que ficamos felizes de testemunhar”, destacou Murilo Matos, técnico da Emater e parceiro dos projetos em parceria com o Sebrae.

RELATOS DOS PRODUTORES NA EXPOACRE 2018

“Criamos isso para acabar com o desrespeito ao produtor. Esse movimento foi criado em setembro de 2005, e de lá pra cá, buscamos organizar os produtores. Como Marechal é um dos municípios que mais produz feijão na região do Juruá, a gente resolveu valorizar essa classe e resgatar uma cultura de nossos antepassados. O produto não possui química nenhuma, e se trata de uma marca da cidade. Hoje, temos 105 sócios dentro da cooperativa.” – Altermir Firminos, representando a Coopersonho de Marechal Thaumaturgo 

“Sou natural de Feijó. Minha família comprou uma área preservada de açaí nativo, e foi quando tudo começou, pois vimos a possibilidade e a rentabilidade do açaí nativo dentro e fora do Estado. A gente começou a montar uma pequena indústria, só que existe muita dificuldade. Não existe muito investimento em Feijó para incentivar essas produções, e para ter um produto registrado, que possa ser comercializado nos centros comerciais, é bem complicado. Já participamos há três anos da mostra em parceria com o Sebrae e a Seaprof. Trabalho atualmente com 35 famílias que me fornecem a matéria-prima para os devidos fins de comercialização.” – Julia Graciela Souza, da cadeia produtiva do Açaí (Nosso Açaí)

“O espaço já abre a possibilidade de novos espaços e de novos contatos para a comercialização do nosso produto. Ano passado, conseguimos vender as peças rapidamente. O pirarucu defumado faz muito sucesso. A Defumados da Amazônia é um projeto recente e se trata de um sonho de toda a equipe.” – Aluilson Costa Cordeiro, da Defumados da Amazônia

“Atualmente, são 82 cooperados que trabalham com óleos naturais. Fazemos as extrações dos óleos, e com as sobras, fazemos sabonetes e outros produtos para venda. Nosso principal produto é o buriti, mas estamos tentando ampliar com andiroba e cupuaçu. Desenvolvemos também um trabalho social, incluindo pessoas em situação de vulnerabilidade social para aumentar ainda mais a renda deles. Também trabalhamos com a recuperação de áreas degradadas, para que um serviço não atrapalhe, por exemplo, a agricultura familiar.” – Elines ferreira de Araújo, da Cooperfrutos de Mâncio Lima

“Depois dessa parceria com o Sebrae e a Seaprof, sou cadastrado e nossa vida melhorou consideravelmente. Quem apresenta o produto é o próprio produtor. Nós vivíamos sem perspectiva. Um produto que valia R$ 20, nós vendíamos até por sete reais. Na época do verão, de julho a setembro, o corte do abacaxi predomina.” – José da Silva, o “Nilto do Abacaxi”, natural de Tarauacá

“Passamos por muita dificuldade, mas depois do contato com a Seaprof e o Sebrae, nossa produção melhorou, principalmente a de abacaxi.
Nós começamos a mexer na mucuna, e agora temos até transporte. Foi uma oportunidade que nos deixou muito feliz. Já fomos até Cruzeiro do Sul; para nós, produtores, é uma oportunidade de mudar de vida.” – Maria Elivânia Leite da Silva, natural de Tarauacá

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