20 de abril de 2024

Líderes religiosos no Acre divergem sobre presidenciáveis: “queremos pena de vida”

A disputa entre presidenciáveis nessas eleições de 2018 está acirrada. Em todos os setores da sociedade, as opiniões são diversas, sobre os perfis, opiniões e propostas para o futuro do país. Na tentativa de compreender o que os principais líderes religiosos da capital acreana pensam sobre o assunto e sugerem aos fiéis, a reportagem da ContilNet entrou em contato com três representantes da principais matrizes cristãs no estado.

Para responder perguntas sobre os papeis que condizem com os princípios cristãos, o pároco da Catedral Nossa Senhora de Nazeré em Rio Branco, Padre Mássimo Lombardi, o pastor auxiliar da Igreja Assembleia de Deus e deputado estadual, Jairo Carvalho, e o sócio dirigente do Centro Espírita Beneficente União Vegetal, Mestre Antônio Ferreira, abordaram temáticas voltadas à pena de morte, livre armamento e bem estar social.

Mássimo Lombardi/Foto: Reprodução

De acordo com Mássimo, o futuro presidente do Brasil precisa trabalhar em prol dos pobres e marginalizados, além de não defender a violência ou pena de morte, entendendo que a última siginifica uma agressão à integridade humana. O católico também criticou duramente a onda de corrupção que assola a nação nos últimos anos.

“Os nossos representantes necessitam de honestidade, acima de qualquer coisa. Político não pode beneficiar o próprio bolso. Um presidente precisa trabalhar para ajudar os mais necessitados e sempre defender a integridade humana”, enfatizou.

O Vaticano emitiu uma nota na última quinta-feira (2), afirmando que a pena de morte não pode ser tolerada e que a igreja, atualizando o item do catecismo [documento de leis e regras] que aborda a discussão, se mantém contrária ao ato.

Sobre as medidas penais e socioeducativas, Lombardi afirma que o sistema carcerário precisa passar por uma reestruturação, reabilitando os que estão em conflito com a lei, não excluindo da pena o que comete crime. O padre não se manisfestou sobre um candidato de preferência, mas concluiu a entrevista dizendo que todos possuem livre arbítrio e sugerindo à população o uso da consciência crítica.

Pastor e deputado, Jairo Carvalho/Foto: Reprodução

Divergindo sobre o assunto, o pastor Jairo Carvalho, apoiador do candidato à presidência, Jair Messias Bolsonaro (PSL), diz que o país precisa ter pena de morte para crimes bárbaros e o gestor precisa garantir, a partir de políticas rígidas, segurança para a população. Fazendo menção aos textos bíblicos que retratam os castigos de Deus sobre o povo, no antigo testamento, o pastor afirmou que da mesma forma, o Brasil precisa “entrar nos trilhos”, com “ordem e regras”, dando punição aos que não se ajustarem.

“Vivemos assombrados o tempo todo pela violência. Essas pessoas que cometem crimes e amedrontam a população, não estão sendo punidas devidamente. Jair Messias Bolsonaro é o candidato ideal para o Brasil, porque respeita a família, adere aos princípios tradicionais e não é corrupto”, disse.

Mestre Antônio Ferreira/Foto: Reprodução

Mestre Antônio Ferreira, integrante do movimento espírita, concordou com o padre e disse que o voto responsável advém de um pensamento sensato. Para Ferreira, o novo governo precisará lutar pela paz, saúde, educação e segurança pública, não reforçando discursos de violência, sendo contra a pena de morte e livre armamento.

“O candidato, além de não ser corrupto, precisa ter bom senso. Deve garantir educação de qualidade, saúde e segurança, mas sob hipótese nenhuma, reforçar violência, porque não precisamos de pena de morte, mas, pena de vida, acreditando que todo ser humano pode mudar sua natureza”, comentou.

Antônio acredita que os representantes precisam cuidar do que é emergente, fortalecendo o que está preservado.

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