Técnico revela que maior parte da fumaça vem de Capixaba, Plácido e Acrelândia

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Fumaça tomou conta da Capital acreana /Foto: ContilNet

A situação de poluição do ar em Rio Branco está se agravando a cada dia. Apesar haver fumaça vinda de outros Estados ao Sul, o grande problema é mesmo resultante das queimadas que acontecem no polígono do desmate, localizado entre as cidades de Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.

Conforme revelou um técnico ambiental, que preferiu o anonimato por contrariar a versão oficial, a maior parte da fumaça provém dessas três cidades, onde os fazendeiros estão queimando seus roçados e campos visando a limpeza dos terrenos. “Com isso, a fumaça desta região é a que mais contribui com o cheiro de queimado e com a fuligem constatada em casas e sobre os veículos nas ruas”, informou.

As recentes frentes frias contribuem com a outra parte da fumaça vinda principalmente do Mato Grosso e da região do Beni, na Bolívia. Mas estas não possuem cheiro ou fuligem, não sendo tão agressivas como a fumaça local.

QUEIMADA

Queimadas em pasto são grandes vilões nesta época do ano /Foto: Reprodução

Segundo o profissional de meio ambiente ouvido, a fumaça local está repleta de ácido pirolenhoso, o que provoca a irritação dos olhos e garganta, enquanto a fumaça de outros estados já não tem o mesmo impacto imediato. Mas ambas as formas de poluição, a local e a importada, são extremamente prejudiciais à saúde.

O técnico revelou que quanto mais próximo do local do incêndio, mais tóxicos são os gases e maior a sensação de desconforto causada. “Com a mudança dos ventos predominantes de Sul-Norte para Norte-Sul, esta fumaça vai se deslocar, mas aí estaremos recebendo a fumaça do Amazonas”, alertou.

Imac declara guerra total no combate aos incêndios criminosos

O presidente do Instituto do Meio Ambiente, Paulo Viana, informou que uma força tarefa de combate aos incêndios foi deslocada para as cidades de Capixaba, Plácido e Acrelândia, onde está concentrada a maior quantidade de focos de incêndios.

A força tarefa de repressão é composta por técnicos do Imac, Polícia Militar, com destaque para a Companhia Ambiental, além de membros do Corpo de Bombeiros para o combate as chamas.

queimadas

“O foco é onde estão registradas as maiores quantidades de desmates, sendo isso um indicativo de queimadas posteriores. Por isso, agora estamos atuando mais na parte leste do Estado.”

Conforme revelou Viana, neste momento as ações são direcionadas para a repressão, com as equipes se dirigindo ao local do foco de incêndio, multando a propriedade e até mesmo embargando a área.

“Esperamos que, com a mudança dos ventos, a situação da fumaça melhore. Hoje estamos em guerra contra o fogo”, declarou.

Ibama tem pessoal reduzido

Segundo informações, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) teve seu pessoal de combate aos crimes ambientais reduzido em função da diminuição dos desmates. Mas a partir de agora vai assumir as ações na região de Feijó até Cruzeiro do Sul.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem responsabilidade apenas sobre as áreas do governo federal e nas terras indígenas (TIs).

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Técnico revela que maior parte da fumaça vem de Capixaba, Plácido e Acrelândia