18 de abril de 2024

Indígena morto em Santa Rosa estava na cidade realizando o sonho de se formar em pedagogia

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“O dia de hoje não será o mesmo dia de ontem para mim”. É assim que o líder indígena Ninawa Huni Kui descreve seu sentimento após saber da morte do jovem indígena Carlos Alberto Domingos Kaxinawá, filho do cacique Edivaldo Domingos Kaxinawá.

O jovem índio foi assassinado a tijoladas na cidade de Santa Rosa do Purus. O crime, segundo informações da polícia, pode ter sido motivado para roubar uma carteira que estava no bolso do indígena.

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Carlos era professor na sua comunidade e estava morando em Santa Rosa, onde estudava para realizar um de seus sonhos: se formar no curso superior de pedagogia.

“Carlos foi brutalmente assassinado na praça do município de Santa Rosa do Purus, com a cabeça esmagada por pancadas de tijolos. Alberto estava no município realizando mais um de seus sonhos, que era fazer um curso superior de formação pedagógica”, disse Ninawa.

A polícia conseguiu prender três suspeitos pela morte de Carlos; um deles é maior de idade e os outros dois têm menos de 18 anos. Todos três são naturais de Sena Madureira e estariam em Santa Rosa trabalhando como freteiros.

Ninawa diz que o crime, que chocou a comunidade Kaxinawá no Juruá, pode ter sido cometido por preconceito racial.

“Os cruéis assassinos são da cidade de Sena Madureira, que inventam de ser freteiros, chegam em Santa Rosa dando uma de valentões, cometendo esses tipos de crimes como esse, por pura maldade e preconceito”, disse.

Por fim, o líder lembra que, com este, já foram registrados quatro assassinatos de indígenas na cidade de Santa Rosa, e pede justiça.

“Já são quatro crimes ocorridos com indígenas só em Santa Rosa, e que não obtivemos resultados concretos, ou seja, o cumprimento da lei. Esperamos que a justiça do homem seja feita, porque a de Deus é certa. Essas práticas criminosas por freteiros não podem mais continuar. Exigimos dos órgãos competentes as mais severas medidas cabíveis, para que não permitam que esses criminosos fiquem soltos no meio da sociedade.”

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