PANO PARA MANGA
OS LONGOS E CURTOS DE MANGAS COMPRIDAS DESPONTAM COMO MODELOS-SENSAÇÃO NO ESTADO
EU NÃO USO drogas, não fumo, e só bebo socialmente. Meu vício, além de Coca-cola, é outro: vestidos curtos de manga ou de festa. Amo ver, amo ver minha irmã comprar, me realizo indo acompanhar minhas amigas na hora da compra, e troco quase qualquer programa por uma sessão “direto do tapete vermelho” em frente à TV.
Foi numa dessas, do Globo de Ouro, que minha obsessão ganhou nome e sobrenome: vestido de manga comprida. Unanimemente, a mais elegante da noite, Angelina Jolie flutuava num longo esmeralda do Atelier Versace. Anne Hathaway, a atual queridinha de Hollywood, foi imã de flashes de um modelo cintilante da Armani Privé.
E Tilda Swinton, tão cool que poderia fazer nevar, deu novo significado ao chique red carpet, com camisa branca e saia de tafetá Jil Sander. Em comum, notei que os três modelos mais comentados tinham mangas longas, recurso que, obviamente, não havia sido adotado para disfarçar braços roliços.
A temporada de premiação passou e, nos meses seguintes, outros muitos vestidos me arrancariam suspiros – juro que seria capaz de vender as joias da família para adquirir o longo de cashmere da Versace que Angelina Jolie usou na premier de O Turista, em Nova York.
Interessante essa “mangalongamania”. Depois de anos de superexposição de pele com o binômio decote + minissaia, nada parece mais original e up-to-date que cobrir o corpo. “Mangas longas adicionam glamour e mistério, que andavam em falta na moda. É um novo sexy, menos clichê e mais sofisticado”, define o produtor de moda da ATMC Model Management, Lucas Lyma. Valem tanto os vestidos sereia paetizados (big hit), quanto os minimalistas opacos (difícil imaginar algo mais chique). “Mulheres elegantes sempre cobrem mais que revelam!”.
Alex Thomas
